Dies iræ! dies illa
Solvet sæclum in favilla
Teste David cum Sibylla!
2
Quantus tremor est futurus,
quando judex est venturus,
cuncta stricte discussurus!
3
Tuba mirum spargens sonum
per sepulchra regionum,
coget omnes ante thronum.
4
Mors stupebit et natura,
cum resurget creatura,
judicanti responsura.
5
Liber scriptus proferetur,
in quo totum continetur,
unde mundus judicetur.
6
Judex ergo cum sedebit,
quidquid latet apparebit:
nil inultum remanebit.
7
Quid sum miser tunc dicturus?
Quem patronum rogaturus,
cum vix justus sit securus?
8
Rex tremendæ majestatis,
qui salvandos salvas gratis,
salva me, fons pietatis.
9
Recordare, Jesu pie,
quod sum causa tuæ viæ:
ne me perdas illa die.
10
Quærens me, sedisti lassus:
redemisti Crucem passus:
tantus labor non sit cassus.
11
Juste judex ultionis,
donum fac remissionis
ante diem rationis.
12
Ingemisco, tamquam reus:
culpa rubet vultus meus:
supplicanti parce, Deus.
13
Qui Mariam absolvisti,
et latronem exaudisti,
mihi quoque spem dedisti.
14
Preces meæ non sunt dignæ:
sed tu bonus fac benigne,
ne perenni cremer igne.
15
Inter oves locum præsta,
et ab hædis me sequestra,
statuens in parte dextra.
16
Confutatis maledictis,
flammis acribus addictis:
voca me cum benedictis.
17
Oro supplex et acclinis,
cor contritum quasi cinis:
gere curam mei finis.
Dia de ira, aquele dia, será tudo cinza fria: diz David, diz a Sibila.
Que temor será causado, quando o Juiz tiver chegado, para tudo examinar!
Correrão todos ao trono quando, em meio ao eterno sono, a trombeta ressoar.
Morte e mundo se espantam, criaturas se levantam e ao Juiz responderão.
Vai um livro ser trazido, no qual tudo está contido, onde o mundo está julgado.
Quando Cristo se sentar, o escondido vai brilhar, nada vai ficar impune.
Vós, ó Deus de majestade, vivo esplendor da Trindade, entre os eleitos nos contai.
Eu, tão pobre, que farei? Que patrono chamarei? Nem o justo está seguro.
Rei tremendo em majestade, que salvais só por piedade, me salvai, fonte de graça.
Recordai, ó bom Jesus, que por mim fostes à Cruz, nesse dia me guardai.
A buscar-me vos cansastes, pela cruz me resgatastes, tanta dor não seja vã.
Juiz justo no castigo, sede bom para comigo, perdoai-me nesse dia.
Pela culpa, se enrubesce o meu rosto; ouvi a prece e poupai-me justo Deus.
Vós, ó Deus de majestade, vivo esplendor da Trindade, entre os eleitos nos contai.
A Maria perdoando e ao ladrão na cruz, salvando, vós me destes esperança.
Meu pedido não é digno, mas, Senhor, vós sois benigno, não me queime o fogo eterno.
No rebanho dai-me abrigo, arrancai-me do inimigo, colocai-me à vossa destra.
Quando forem os malditos para o fogo eterno, aflitos, entre os vossos acolhei-me.
Dum espírito contrito escutai, Senhor, o grito: tomai conta do meu fim.
Lacrimoso aquele dia, quando em meio à cinza fria levantar-se o homem réu.
Libertai-o, Deus do Céu! Bom Pastor, Jesus piedoso, dai-lhe prêmio, paz, repouso.
Vós, ó Deus de majestade, vivo esplendor da Trindade, entre os eleitos nos contai.
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