NO SÁBADO, 16 de agosto (2014), por ocasião de sua primeira viagem à Ásia, especificamente à Coreia do Sul, o Papa Francisco beatificou 124 mártires daquele país, entre os quais se encontra o caso muito especial de uma pequena menina, porém verdadeira gigante da fé, assassinada friamente pelo ódio a Jesus Cristo à sua Igreja, antes de completar os 12 anos de idade.
Anastasia Yi Bong-geum nasceu em 1827, filha de Paul Yi Seong-sam e Anastasia Kim Jo-i, que nesse período viviam sua fé na clandestinidade, porque sofriam a perseguição Jeonghae.
Educada pela mãe, desde pequena sabia cumprir bem seus deveres religiosos e manifestava grande fé e amor por Nosso Senhor Jesus Cristo. Com dez anos de idade, aprendeu as orações da manhã e da tarde, assim como o Catecismo da Igreja Católica. Conheceu um sacerdote missionário que se hospedou em sua casa; este, impressionado pela ardente devoção da menina, permitiu-lhe receber a Primeira Comunhão, mesmo sendo ainda tão jovem.
A fé e as virtudes cresciam em Anastasia, dia a dia. Quando do início da perseguição Gihae, em 1839, ela fugiu com sua mãe para a casa de Protase Hong Jae-yeong. Ali, foi presa pela polícia e levada a Jeonju, onde enfrentou, sem vacilar, o seu martírio.
A menina foi logo interrogada pelo chefe policial, que lhe exigia informações sobre o padre missionário, ao que ela respondeu que era muito pequena para saber de tais coisas. Não satisfeito, o policial lhe disse que, se ela falasse contra Deus, e renegasse a fé cristã, ele lhe pouparia a vida. Anastasia então respondeu-lhe admiravelmente: “Não sabia como adorar o SENHOR até que cheguei ao uso da razão, aos meus sete anos. Eu era muito jovem para ler livros. Mas dos sete anos até agora, adorei o SENHOR. Portanto, não posso trai-lo nem pensar mal dEle, mesmo se tiver que morrer mil vezes!”...
Em princípio, Anastasia foi levada à prisão sem ser torturada, porque era apenas uma frágil menina. Sua mãe fingiu duvidar de sua firmeza e lhe disse que certamente trairia Jesus: "Você não tem coragem para enfrentar a tortura”. Ao ouvir isso, a pequena mais uma vez deu prova de sua firmeza de caráter e, certamente, da assistência divina que recebia. Respondendo que jamais trairia o Cristo, prometendo à sua mãe manter-se fiel ao ensinamento da Igreja, não importando o tipo de tortura que tivesse que sofrer.
O chefe policial e os guardas prisionais insistiram muito com Anastasia para que ela cooperasse e assim salvasse sua vida, porque ela era "ainda tão jovem e uma linda garota", mas ela não cedeu. Jogada na prisão, em tão tenra idade, foi ameaçada muitas vezes, mas não sucumbiu à intensa pressão psicológica. Ao dar-se conta de que a menina realmente não ia ceder, finalmente a autoridade policial ordenou que ela fosse torturada...
Mas os sofrimentos da santa criança não pararam aí. Além de ser torturada, Anastasia foi forçada a assistir o martírio de sua mãe. E mesmo depois, como órfã, continuou a se manter firme em sua adesão ao Evangelho, prosseguindo assim até o final de sua curta vida. O chefe policial, quando ela não tinha ainda completado 12 anos de idade, ordenou que fosse enforcada na prisão, no dia 5 ou 6 de dezembro de 1839.
fonte: ACI Digital/O Fiel Católico
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