sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Elevação à Santíssima Trindade - Beata Elisabete da Trindade


Ó meu Deus, Trindade que eu adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente de mim mesma para fixar-me em vós, imóvel e pacífica, como se minha alma já estivesse na eternidade. Que nada possa perturbar-me a paz nem me fazer sair de vós, ó meu Imutável, mas que em cada minuto eu me adentre mais na profundidade de vosso Mistério. Pacificai minha alma, fazei dela o vosso céu, vossa morada preferida e o lugar de vosso repouso. Que eu jamais vos deixe só, mas que aí esteja toda inteira, totalmente desperta em minha fé, toda em adoração, entregue inteiramente à vossa Ação criadora.

Ó meu Cristo amado, crucificado por amor; quisera ser uma esposa para Vosso Coração, quisera cobrir-vos de glória, amar-vos... até morrer de amor! Sinto, porém, minha impotência e peço-vos revestir-me de vós mesmo, identificar a minha alma com todos os movimentos da Vossa, submergir-me, invadir-me, substituir-vos a mim, para que minha vida seja uma verdadeira irradiação da Vossa. Vinde a mim como Adorador, como Reparador e como Salvador. Ó Verbo eterno, Palavra de meu Deus, quero passar minha vida a escutar-vos, quero ser de uma docilidade absoluta para tudo aprender de vós. Depois, através de todas as noites, de todos os vazios, de todas as impotências, quero ter sempre os olhos fixos em vós e ficar sob Vossa grande luz; ó meu Astro amado, fascinai-me a fim de que não me seja mais possível sair da vossa irradiação.

Ó Fogo devorador, Espírito de amor, "vinde a mim" para que se opere em minha alma como que uma encarnação do Verbo: que eu seja para ele uma humanidade de acréscimo na qual ele renove todo o seu Mistério. E vós, ó Pai, inclinai-vos sobre vossa pobre e pequena criatura, cobri-a com vossa sombra vendo nela só o Bem-Amado, no qual pusestes todas as vossas complacências.

Ó meu Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão infinita, Imensidade onde me perco, entrego-me a vós qual uma presa. Sepultai-vos em mim para que eu me sepulte em vós, até que vá contemplar em vossa luz o abismo de vossas grandezas.





O mon Dieu, Trinité que j'adore
Aidez-moi à m'oublier entièrement 
pour m'établir en vous, immobile et paisible comme si déjà mon âme était dans l'éternité. 
Que rien ne puisse troubler ma paix,
ni me faire sortir de vous, ô mon immuable, 
mais que chaque minute m'emporte plus loin dans la profondeur de votre mystère. 
Pacifiez mon âme, faites-en votre ciel, votre demeure aimée et le lieu de votre repos. 
Que je ne vous y laisse jamais seul, mais que je sois là tout entière, tout éveillée en ma foi, tout adorante, toute livrée à votre action créatrice.

O mon Christ aimé, crucifié par amour, 
je voudrais être une épouse pour votre coeur,
je voudrais vous couvrir de gloire, je voudrais vous aimer. . .jusqu'à en mourir !
Mais je sens mon impuissance 
et je vous demande de me «revêtir de vous-même», 
d'identifier mon âme à tous les mouvements de votre âme, 
de me submerger, de m'envahir, de vous substituer à moi, 
afin que ma vie ne soit qu'un rayonnement de votre vie.
Venez en moi comme adorateur, comme réparateur et comme sauveur. 
ô Verbe éternel, Parole de mon Dieu, je veux passer ma vie à vous écouter,
je veux me faire tout enseignable afin d'apprendre tout de vous. 
Puis, à travers toutes les nuits, tous les vides, toutes les impuissances,
je veux vous fixer toujours et demeurer sous votre grande lumière;
ô mon astre aimé, fascinez-moi pour que je ne puisse plus sortir de votre rayonnement.

Ö feu consumant, Esprit d'amour, 
survenez, en moi, afin qu'il se fasse en mon âme comme une incarnation du Verbe :
que je lui sois une humanité de surcroît en laquelle il renouvelle tout son mystère.
Et vous, ô Père, penchez vous vers votre pauvre petite créature, 
«couvrez-la de votre ombre », ne voyez en elle que le « Bien-aimé en lequel vous avez mis toutes vos complaisances ».

Ö mes trois, mon Tout, ma Béatitude, 
Solitude infinie, immensité où je me perds,
je me livre à vous comme une proie. 
Ensevelissez-vous en moi pour que je m'ensevelisse en vous, 
en attendant d'aller contempler en votre lumière l'abîme de vos grandeurs.

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